26 dezembro 2016

Pra se despedir de 2016 Amém



Ola mamães,
Primeiramente Fora Temer (Jesus que discurso foi aquele...)

Espero que todas possam ter tido um Natal feliz com seus filhotinhos e uma virada fantástica.

Estou aqui apenas para me despedir de 2016. Sim o ano foi ruim em muitos sentidos para todos os brasileiros,mas para mim o ano teve um recomeço no segundo tempo. Não contei nada ainda no blog,mas algumas pessoas já sabem, porque reviver esse acontecimento me doi um pouco. Para algumas pessoas que vão ler,vão encarar como algo banal, ou como algo triste.Mas não é nenhuma das duas formas que eu quero que todos enxerguem. Meu principal objetivo é só ilustrar o porque mesmo com tantas coisas ruins, essa que vou contar sendo uma delas, eu a vejo com um recomeço.
 Esse ano para mim começou comigo desempregada e com dois filhos pequenos, um deles tendo apenas 3 meses. Eu fui em tantas entrevistas no inicio desse ano e foi tantos não que eu recebi,todos claramente pelo mesmo motivo, que eu estava sinceramente desgastada. Só pensava que iria começar uma faculdade no meio do ano, que consegui com muito esforço passar no vestibular,mas não iria cursar porque não ia ter dinheiro para arcar com o custo de livros e passagens. Mas eis que Deus ( me perdoem aos ateus, pois esse é um relato pessoal, sem descriminar nenhuma religião) me manda uma oportunidade bem no dia do meu aniversário e eis-me aqui hoje escrevendo pra vocês do meu trabalho.O segundo fato é que a greve na UERJ, apesar de me causar um certo medo e ansiedade (porém inteiramente necessária),acabou que me causou uma vantagem, me dando mais tempo para me reorganizar e para fazer Jonas crescer mais um pouco e se acostumar.

Estou só me alongando a toa. O que eu quero contar aconteceu em setembro, na semana do dia de São Cosme e São Damião. Meu filho tinha tomado em um sábado as vacinas que estavam atrasadas ( sim eu dei umas vaciladas) em uma campanha para regularizar as vacinas. Tomou a meningo, a VIP e a Penta, sim ele tomou as três de uma vez, todas eram a segunda dose. A enfermeira nos disse aquilo de sempre, que ele poderia apresentar febre e pra ir controlando com dipirona. Beleza, sabia que ia ser duro, afinal Lívia ficou com febre em todas as vacinas que tomava. Até ai normal, no dia ele ficou meio mole, ficou com febre de 38, tomou remédio e baixou. Na noite de sábado pra domingo,minha filha como sempre estava muito inquieta pra dormir, eu e meu esposo ficamos quase que a noite toda acordados com ela, já Jonas dormiu normalmente e acordou apenas uma vez para mamar, como é do seu costume. Pela manha nós 3 apagamos de sono, eu dormi como uma pedra,mas quando deu lá para umas 10 horas eu acordei achando que a Lívia estava chorando, virei para o Jonas e ele tava se mechendo, botei o peito pra fora no proposito dele mamar pra vê se eu conseguia dormir mais um pouco, já que eu ia trabalhar as 14 horas. Qaundo olhei para ele, algo estava diferente ele se remechia esquisito e do nada parou completamente, estava todo gelado e naquele momento me veio um desespero imenso. Chamei por ele, chamei, chamei e ele não acordou , abri os olhos deles com os dedos e os olhos deles estavam revirando na orbita. Eu gritei, um grito que eu nunca pensei que seria possível sair de mim, Renan acordou e eu não sei o que disse pra ele, depois veio minha cunhada e tal, estávamos todos gritando. No fim meu esposo saiu com ele correndo de casa, nem colocou uma blusa,nem pegou os documentos, eu fui atrás com uma pasta que nem estava tudo, tava de chinelo e roupa de dormir,não esperamos o elevador, descemos sete andares de escada com uma super velocidade e na rua estava chovendo muito,mas só me dei conta disso quando cheguei no hospital particular, que era duas esquinas da nossa casa. Ele lá teve mais 13 convulsões até tomar duas doses de Cadernal e ficar totalmente dopado. Depois disso fomos para o Salgado filho onde ele fez uma tomografia de cranio que deu normal e uma peural que deu normal também. Ficamos internos por 5 dias e nos dois primeiros ele ficou totalmente dopado e no primeiro dia ele não pode comer nada. Fiquei arrasada, destruída, via fotos do meu filho sorrindo do dia anterior e achava que nunca mais ia vê-lo daquela forma. Os médico todos ficaram chocados e diziam que ele ia ter sequelas. Imaginem o meu desespero, porém ele se recuperou. Hoje ele se encontra ótimo, sem nenhuma sequela, e fazendo acompanhamento semanal das vacinas e pesquisas  para saber o porque dessa reação tão forte,mas ainda não descobrimos nada. O que eu escuto dos médicos é que o caso dele é um em um milhão e que essas coisas podem acontecer com qualquer um e provavelmente ele é mais sensível. Agradeço porque a minha família me deu todo apoio moral e financeiro que precisamos, mesmo na experiencia a minha chefe foi super compreensiva e amorosa, muitas manas se ofereceram para levar comida ou fralda, e as médicas e enfermeiras que nos atenderam a grande maioria nos tratava com tanto amor e zelo. Por tudo isso e pela recuperação do meu filho, eu só tenho a agradecer. Por isso digo que esse ano eu quase morri,mas Deus me levantou várias vezes.

Sim esse ano foi destruidor para a política do nosso pais e isso não podemos nunca esquecer, que passamos por um golpe, acidentes em Mariana e estamos sofrendo constante ataques ao nossos direitos (nem vou falar da PEC do fim do mundo e as constantes ameaças ao 13º salário) e de total negligencia com os trabalhadores e as próprias instituições públicas. NÃO, não devemos nunca esquecer de todas as partes da nossa história,nem das ruins e tristes,nem das alegres e felizes. Então o que eu tenho a dizer é que agradeço pelo MEU 2016,mas temo profundamente para o NOSSO 2017, pois depois do discurso do Temer, prevejo um ano de recessão mais grave ainda, com retrocessos grandes. Espero apenas que com isso as pessoas aprendam a pensar politicamente.

Apesar de tudo saibamos ser gratos, por isso digo. Obrigada Deus por esse ano e prometo que farei um 2017 muito melhor, onde serei muito mais atuante em passar bons ideais para o meus filhos e atuarei mais na defesa das mulheres. QUEM TÁ COMIGO?

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